Entende-se a alteridade como um valor ou um princípio, a envolver, entre outros, uma condição diferente.
Os estudantes dos 2ºs anos do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, no IFC Araquari, tiveram a oportunidade de vivenciar esse conceito, trabalhados junto è ética, política e direitos humanos.
Durante a disciplina de Filosofia, promoveram-se vivências, intencionalmente direcionadas ao exercício de alteridade, considerando a seara da educação inclusiva.
Tal atividade foi realizada no final de setembro por conta da data que, no Brasil, marca o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, dia 21 de setembro.
As vivências de alteridade foram as seguintes:
- Assistir a um filme curto, sem som, e tentar identificar a narrativa e as personagens.
- Buscar e mostrar um documento de identidade, carteira de estudante ou outro, com a utilização de apenas uma mão. Para tanto, os destros só puderam utilizar a mão esquerda e os canhotos só puderam utilizar a mão direita.
- Colocar uma venda nos olhos, sair da sala de aula e chegar a um ponto determinado do pátio da escola.
- Utilizar a venda agora como amarra para imobilizar as próprias pernas e voltar à sala de aula.
- Escrever uma mensagem curta em um papel e, sem usar da fala ou da escrita, buscar utilizar da mímica para fazer com que os demais colegas identifiquem a mensagem.
- Acompanhar testemunhos diversos dos próprios estudantes acerca de pessoas que têm algum tipo de deficiência, como ele mesmo, parentes, amigos ou conhecidos, reconhecendo que nenhuma pessoa deveria ser tratada de modo discriminatório, mas sim inclusivo.
- Socializar síntese acerca das percepções provocadas pelas diferentes vivências, por meio da escolha de uma única palavra, a ser tornada pública por cada um dos estudantes, registradas no quadro, a indicar um mapa mental não apenas coletivo, mas também colaborativo.
A atividade foi realizada com materiais simples, como uma Smart TV, um notebook, tiras de TNT coloridas e o quadro da sala de aula. Contudo, trouxe grandes reflexões aos estudantes envolvidos.
O docente que propôs e realizou a atividade, Leandro Kingeski Pacheco, entendeu que “os estudantes se mostraram motivados e sensibilizados ao vivenciar situações específicas relativas à audição, à visão, à fala e à mobilidade de membros superiores e inferiores”. Já as falas dos estudantes, indicaram reflexões, conscientizações e mesmo atitudes, ligadas à necessidade de respeitarmos cada uma das pessoas que vivem ao nosso redor e de tratarmos com dignidade cada uma das pessoas que fazem parte do nosso cotidiano.