Três dias de programação intensa, com discussões e troca de experiências sobre a docência, marcaram o VII Fórum de Formação de Professores: Pela Valorização da Profissão Docente. O evento aconteceu na última semana, entre os dias 03 e 05 de outubro, no Campus Araquari do Instituto Federal Catarinense.
Aproximadamente 200 participantes estiveram presentes durante as mais diversas atividades, entre elas conferências, mesas redondas e encontros para discussão e troca de ideias entre as licenciaturas de diversos campi que formam professores nas áreas de Matemática, Física, Química, Pedagogia e os cursos de Pós-graduação Lato Sensu e Strictu Sensu na instituição. Além disso, o Fórum contou com atividades culturais e de integração entre os participantes.
Dentre uma diversificada programação, a conferência de abertura foi destaque com a temática “A formação de professores: perspectiva histórica e epistemológica“, ministrada pela professora Susana Soares Tozetto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Entre outras atividades de seu currículo, Tozzeto é líder do GEPTRADO – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho Docente, avaliadora Ad hoc da ANPed – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação e Coordenadora, no Paraná, da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação – ANFOPE.
Outros pontos importantes do evento foram as mesas-redondas, que trataram sobre “Inteligência Artificial e Tecnologias na Educação” e ainda sobre o “O Impacto do PIBID na Formação dos Estudantes de Licenciatura“. Em dois dias e períodos diferentes, o evento teve a apresentação de 77 trabalhos científicos, na modalidade de apresentação oral; e foi finalizado com a socialização entre os participantes e uma plenária de encerramento.
Na plenária foram elencadas 7 (sete) proposições, no intuito de viabilizar ações assertivas para formação de professores no IFC, e que farão parte de uma Carta Aberta escrita e discutida no COFOR – Colegiado Institucional Articulador da Formação de Professores. Elencamos, resumidamente, aqui:
- Ações de permanência: alimentação no intervalo das aulas; apoio financeiro para que os alunos permaneçam na licenciatura; Diálogo PROEN (Pró-Reitoria de Ensino) e CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica); entre outras.
- Adiar a adequação dos cursos à Resolução CNE/CP n° 4, de 29 de maio de 2024 – é preciso estudar e compreender o documento primeiro.
- Apoio da Reitoria e Campus para captação de alunos com ações durante todo o ano. Pensar em política diferenciada para as licenciaturas.
- Garantia de financiamento com diárias para os todos os docentes que participam das licenciaturas e auxílio estudantil para participação no Fórum, com previsão orçamentária.
- Discussão e proposição de um limite para a validação de disciplinas cursadas em outras instituições, documentado na Organização Didática.
- Discussão sobre o EaD: concepções, intenção, objetivo, como entende a modalidade, garantir infraestrutura nos campi, promover formação aos docentes e TAEs.
- Garantia das condições de trabalho docente para quem trabalha na pós-graduação. Definir a carga horária para os professores que coordenam os subprojetos do PIBID como uma proposição institucional.
Para a coordenadora do evento, professora Anelise Grunfeld de Luca, destacou que o “VII Fórum foi bastante intenso e significativo para se pensar a formação de professores, tanto a inicial, quanto a continuada”. É muito importante quando a instituição promove e está próxima de todo o processo de formação, questões relacionadas ao ingresso, à permanência e êxito dos estudantes licenciandos são levados em consideração. Assim, de Luca ainda complementa dizendo que “Formar professores não significa apenas abrir um curso de licenciatura, nós precisamos olhar para o que podemos fazer enquanto campus ou instituição dentro da realidade em que formamos estes estudantes”.
Outro ponto ressaltado pela coordenadora é quanto ao olhar necessário aos professores em formação, um olhar que não deve ser aligeirado e sim, permanete. Com isso, a docente da área de Química defende que “as ações institucionais reverberem naquilo que é caro ao IFC, naquilo que mais importa, que é formar bons professores e que estes possam ter ações efetivas com seus alunos, para cada vez mais serem professores autônomos e autores, e não apenas ‘dadores’ de aulas”, finaliza Anelise de Luca, coordenadora do VII Fórum de Formação de Professores: pela valorização da profissão docente.
Ao final do edição 2024 do Fórum, decidiu-se em plenária que em 2025 o evento acontecerá no campus Camboriú.
*Todas as fotos do evento podem ser acessadas neste link.