A professora Elizabeth Schwegler, do Instituto Federal Catarinense (IFC) campus Araquari, coordenadora do projeto “Uso de leite de transição como uma alternativa viável ao colostro em pó em bezerros leiteiros”, recebeu um financiamento de R$ 107.164,00 no 2º lote de projetos aprovados no Edital de Chamada Pública FAPESC Nº 21/2024 – Programa de Pesquisa Universal.
O projeto é coordenado pela professora Elizabeth Schwegler, com a colaboração de coorientadores do IFC, professores Betina Raquel Cunha Dos Santos, Maurício Lehmann e Juliano Santos Gueretz, além de Viviane Rohrig Rabassa, da UFPEL – Universidade Federal de Pelotas. A mestranda Natany Zeithammer está à frente da dissertação vinculada ao projeto, com o apoio das bolsistas Giulia Ketllin Przywitowski Rodriguez e Micaely Silva. Todos os envolvidos são da área de ruminantes, garantindo que o projeto tenha tanto o componente acadêmico quanto o prático.
Embora o IFC Araquari ainda não possua toda a infraestrutura necessária para o projeto, os recursos aprovados serão utilizados para a compra de equipamentos e reagentes essenciais, como os que serão usados para análises de IgG (imunoglobulina G), um dos principais focos do estudo. Algumas das análises também serão realizadas em parceria com o laboratório privado da mestranda, viabilizando a execução das etapas iniciais da pesquisa.
Inovação e Redução de Custos
O projeto busca oferecer uma alternativa inovadora e mais acessível para a alimentação de bezerros, reduzindo os custos de produção para pequenos produtores de leite de Santa Catarina e assegurando a saúde dos animais. O leite de transição, produzido logo após o parto, possui alto valor nutricional e é fundamental para o sistema imunológico das bezerras. No entanto, em propriedades que enfrentam escassez de colostro, muitos produtores recorrem ao colostro em pó, que pode ultrapassar R$ 500,00 por animal.
Com o financiamento da FAPESC, a pesquisa pretende validar o uso do leite de transição como uma solução viável e de menor custo. A iniciativa não apenas melhora a nutrição animal e diminui despesas na produção, mas também fortalece o setor agropecuário local e fomenta a inovação em processos produtivos.
A longo prazo, a equipe planeja expandir o impacto do projeto, criando um mini laboratório no campus para atender à rotina de pesquisas e à Unidade de Ensino e Aprendizagem (UEA). Futuramente, há a intenção de oferecer serviços à comunidade, ampliando os benefícios da pesquisa para além do ambiente acadêmico.